segunda-feira, 27 de junho de 2011

Qual é a graça?

Na última semana, os sites do Governo Federal sofreram um grande ataque de hackers. Uma filial brasileira do grupo conhecido com Lulz Security, que ataca e invade sites por pura diversão, assumiu a responsabilidade pelo ataque. Foi esse grupo, inclusive, o responsável por ataques à Sony.

Durante a madrugada da quarta feira (22), os hackers fizeram acessos ao site da Presidência da República, Central Brasil e Governo Federal. Além destes, também foram invadidos os sites da Petrobrás, Receita Federal e IBGE. Foram mais de 2 bilhões de acessos entre quarta e domingo a mais de 30 sites do governo, causando uma pane de aproximadamente 2h no funcionamento dos sites, o que poderia ter causado um dano enorme, pois a fragilidade dos sites permitiram que dados sigilosos ficassem totalmente vulneráveis. Porém, as autoridades afirmaram que não houve danos, e nenhum dado sigiloso foi violado.

O que parece é que esses ataques tinham como principal objetivo, não a violação de dados ou algum dano à operação do site, e sim a demonstração da fragilidade dos sites do governo, pois, aparentemente, os ataques foram feitos com certa facilidade. Isto mostra o quanto às pessoas não tem como manter o controle sobre dados pessoais disponibilizados em sites como os do governo brasileiro, ficando sob o risco de ataque e da má utilização desses dados por criminosos virtuais.
Após os ataques, a Polícia Federal segue em intensa vigília na monitoração das ações dos hackers.

Na última segunda feira (27), o Ministro das Ciências e Tecnologias, Aloísio Mercadante, minimizou a questão dos ataques afirmando que “os ataques foram muito pequenos, sem a violação de dados relevantes”. O ministro propôs o que chamou de “Hacker’s Day”, um encontro para o diálogo e o trabalho conjunto entre o governo e os hackers, uma espécie de pareceria que teria como objetivo o desenvolvimento de mecanismos que dariam mais transparência aos portais do ministério. Mais que isso, esse encontro deveria servir para a elaboração de estratégias de maior proteção aos sites do governo, pois a fragilidade do sistema coloca em risco o bem estar, a privacidade e o sigilo a dados não só do governo, mas de milhares de cidadãos brasileiros.

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